“Ah, September! You are the doorway to the season that awakens my soul…” Peggy Toney Horton Anuncia-se Setembro, marca de recomeços, de ciclos que se completam e outros que se voltam a abrir, pedindo-nos que aos poucos nos preparemos para regressar mais a casa, às quatro (ou mais) paredes que nos confortam, suportam e protegem. Recolher um pouco do buliço da vida e retornar ao ninho. À medida que o tempo arrefece lá fora e os dias de luz se encurtam, com a lua a espalhar prata mais cedo, é também a casa-corpo, casa-pele que nos pede que a revisitemos e, com carinho, nos preparemos para uma nova época do ano mais exigente e ativa. A forma como nos habitamos – e habitamos os nossos espaços vitais – é o que nos torna sagrados, esse olhar com intenção de nutrir e cuidar, arejar as janelas dos sótãos, limpar as teias de aranha às preguiças e procrastinações e fazer caso do que a alma nos sussurra, talvez há dias, talvez há meses. Simbolicamente, a cozinha é o coração da casa, lugar onde m