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A mostrar mensagens de julho, 2018

Santuário

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(...)Quem poderá subir à montanha do Senhor?  Quem habitará no seu santuário? O que tem as mãos inocentes e o coração puro,  que não invocou o seu nome em vão, nem jurou falso(...) (Salmo 23,24)

Ó Deus... Minha morada.

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Hoje e Sempre

Deus, senhor da verdade, A quem tudo pertence,  Que acendeis a manhã  E encheis de sol o dia.  Dai-nos a saúde  E a Paz de Coração.  A Vós, Pai de bondade... (Liturgia das Horas) ♡

Apesar de...

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Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora da minha própria vida.    (Clarice Lispector) ♡

Paz recebida

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Perguntou de onde vinha a paz. Se era uma coisa que vinha de si, quando determinadas forças e conjunções a isso se pudessem predispor, ou se, em certos casos, poderia até ser uma coisa alcançada, que dela exigisse algum trabalho adicional. Responderam-lhe que a paz era uma coisa muito interior, que podia ser alcançada quando determinadas forças e conjunções a isso se pudessem predispor mas que em cada um de nós haveria a capacidade, melhor ou pior, em certos dias, de a alcançar. Responderam-lhe isso com aquele ar terrivelmente adulto, que não permite qualquer outra pergunta. Com uma certeza encerrada. Foi para casa pensar naquilo. Como haveria de a divisar. Ou, como conseguiria em primeiro lugar, vislumbrá-la, já que só se pode alcançar aquilo que está ao alcance dos nossos olhos. Certo é que começou a fazer esse exercício diariamente. Primeiro não viu nada. Perscrutava com uma atenção focadíssima e nada conseguia aferir, para além das coisas normais das coisas normais.

Há dias em quem nem o silêncio tem palavras...

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Palavra(s)

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"(…)  Escrevo-Te com o punhado de palavras que me habita para dizer o mais além de mim que passa também pela treva luminosa das palavras e pelo fascínio dos nascimentos novos. A palavra é, de raiz, messiânica. Escrevo porque espero O teu advento. Escrevo para celebrar o Teu Nome, ao desabrigo dos nomes. (…) Creio, sim, que o nome que melhor Te convém continua a ser este: Amor. Ou este outro: Misericórdia. Nunca Te vi, Deus  abscondítus , apenas Te pressinto no olhar aflito ou alegre dos passantes. Apenas te pressinto na palavra, que é um vivo. Ou na pujança que move o mundo. Sim, o olhar transporta. O sentido é transpositivo. A palavra é legião: sei que não falo no deserto, alucinado e estéril. O  magnificat  é a forma mais jubilosa de ver o mundo como um milagre, de assistir à primavera, aos nascimentos e até às despedidas. Creio que Tu és o Verbo que se fez carne em Jesus e que habitou entre nós (Jo 1, 14). Porque não sei falar (escrever -Te) só queria mostrar as feridas das

Pai Cuidador

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Tu cuidas de mim... No passado No presente No futuro       ♡

A Luz mais pura

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'Confia no Senhor e pratica o bem,     possuirás a terra e viverás tranquilo.  Põe no Senhor as tuas delícias     e Ele satisfará os anseios do teu coração. Confia ao Senhor o teu destino     e tem confiança, que Ele actuará. Fará brilhar como a luz a tua justiça...' (Salmo 36,37)

CHEMIN DE VIE....!!!

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sentir

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Desejaria habitar uma pausa da folhagem em que estar seria adormecer o ardor intenso espalhando-o na brisa com a leveza da paz. Estar, estar deslumbrado, difundido, estremecendo na igualdade pura do corpo ao espaço, fluindo no serpenteamento dos leves labirintos, ampliando no nimbo a intensa influência da remota matéria no enigma da presença. Reina o silêncio numa surpresa imóvel e cresce na sombra uma serena cascata em que já não há diferença entre o sonho da vida e o corpo feliz da inteligência. António Ramos Rosa Facilidade do Ar, Ed. Caminho, 1990.

Olhar para onde o Sol nasce

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Albufeira de Castelo de Bode (Tomar) - último fim de semana ♡ Um Lugar (onde vou algumas vezes) e onde estou SEM TEMPO! Aqui descubro que há coisas tão 'pequeninas' que ficam enormes por dentro e que é preciso tirar, de dentro, para voltar a perceber o seu tamanho real e recomeçar na fidelidade a mim própria... ♡ Aqui tenho a sensação que o tempo não passa, entra! Aqui sinto-me não nas margens, mas no centro. ♡ É como  se me deitasse num mar sereno e aí ficasse abandonada... Quando a vida continua a acontecer... ♡ Aqui encontro muita vontade para brincar com os meus, fazer caminhadas matinais, bons mergulhos e estar verdadeiramente... mas também aqui encontro aquela calma que dá vontade de escrever um bocado, observar  a beleza da natureza, escutar a Palavra no meu coração, 'viajar' um bocado, mas por dentro... sempre na riqueza da minha relação com o Pai. "Não acredito que cada um tenha

A fábula do vento

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O que eu te quero contar não foi dito nem está escrito na pele de nenhuma página. Ou foi dito e escrito milhares de vezes e milhares de vezes apagado pela própria palavra. Sem visão, no vão do esquecimento, tento iniciar uma fábula do vento até à ondulação, até à transparência. Tenho na boca o sabor de um canto que é já o canto de um sabor aéreo. O meu desejo procura construir cálices incendiados, sílabas amorosas, hieróglifos de água e fogo. Não estou no centro mas na orla da distância, na frescura da soberana inteligência do mar. Reconheço agora todas as qualidades do silêncio, da brancura e da luz e da sua móvel mas permanente equivalência. A interrogação mais pura levanta-se e resolve-se em mil ondas interessantes, nas volutas vertiginosas do vento. António Ramos Rosa In  Clareiras , 1986 ♡ A fonte cria-se da sede e do salto.  (Ramos Rosa)