Sei de mim do chão que piso nas vésperas no amanhecer nas manhãs na madrugadas e das flores com que me visto… Sei de mim da sede da minha alma das danças com a lua dos enganos das sombras e da luz com que me lavo… Sei de mim a cada palavra e sei de mim nas palavras que me tiram… e sei das palavras que resgato no silêncio. Sei de mim e morrerei comigo! António Carlos Santos, in “50 Anos , 50 Poemas”