(a)braços... para sempre...
Há dias que eu não quero dizer nada! Quero apenas o direito de ficar calado, sem ter de explicar o porquê de estar assim. Faz bem ao coração humano o silêncio da voz. É nesse momento que temos a oportunidade de visitar os mais recônditos lugares da nossa vida, aí onde moram os sentimentos que nunca se tornaram palavras e que, de alguma forma, ainda exercem poder sobre nós.
Gosto mesmo é de olhares que dispensam palavras. Com eles, eu fico mais tranquilo. Perto deles, eu preciso de dizer menos, explicar menos, explicar pouco e sentir-me verdadeiramente acompanhado.
Quando os olhares já dispensam as palavras é porque as perguntas e as respostas já foram suficientemente vividas e experimentadas, a seu tempo. Depois do questionamento e da dúvida, há que se provar o descanso da fé.
Quando cessam as palavras, nascem os olhares...
(Pe Fábio de Melo, in "Tempo, saudades e esquecimentos")
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